DERMATOLOGIA

Mito. Ele deve ser utilizado em algumas situações especificas de quadros de infecção, mas na rotina diária não é recomendado, porque isso pode mudar o microbioma da pele, que é a flora de bactérias normais, boas, que ajudam na proteção de pele contra bactérias ruins. Por isso, não é indicado que se use esse tipo de sabonete na pele toda e com frequência.

Verdade. Depende do que seja a sujeira, por exemplo, se for pó, não. Mas se for uma substância oleosa, que possa ficar na pele, que possa aumentar a oleosidade, pode, sim, estar relacionada com a formação de espinhas.

Mito. Isso de que a ferida precisa de ar para cicatrizar é uma crendice popular. Dependendo da ferida, usamos alguns curativos com pomadas, ou alguns que chamamos de oclusivos, que podem, inclusive, ajudar na cicatrização.

Verdade. Banhos quentes contribuem para deixar a pele mais ressecada. Lógico que quanto mais longo o banho e mais quente a água, e se for usado um sabonete mais abrasivo, vai ser pior ainda. Portanto, de maneira geral, o ideal é não tomar banho muito quente.

Verdade. Orientamos a limpeza da pele machucada, com feridas, com água e sabão neutro. A água oxigenada pode ser irritante para a pele, por isso não a indicamos sempre. Em algumas feridas, como aquelas que têm aquele sangue pisado, aí, sim, a água oxigenada pode ajudar a dissolver a crosta, mas, de maneira geral, a água e o sabão são mais indicados.

Mito. É um erro achar que esse tipo de pele não deve ser hidratada. O que não devemos fazer é hidratar a pele oleosa com hidratantes que também sejam oleosos. Desde que se use um produto adequado, podemos até conseguir benefícios para esse tipo de pele.

Mito. Os tratamentos não devem ser realizados apenas nessa estação do ano. O que ocorre é que alguns produtos são mais facilmente usados no inverno, mas, mesmo no verão, as manchas devem continuar a serem tratadas, sem esquecer do protetor solar.

Verdade. Sim, a partir dos 25, 30 anos, a pele começa a perder o colágeno, então, já começa o que chamamos de processo de envelhecimento.

Mito. Pacientes de pele negra têm uma proteção natural contra o ultravioleta, por terem mais melanina na pele. Porém, eles precisam também da ajuda dos protetores solares para evitar os danos crônicos dos raios ultravioletas na pele.

Depende. Elas podem ajudar em alguns casos, principalmente para hidratar a pele ou diminuir a oleosidade. Porém, o processo de preparo sempre deve ter a orientação de um dermatologista para que não tenha risco de se colocar algo que possa ser prejudicial à pele. Por exemplo, há pessoas que têm mania de fazer esfoliação com limão e açúcar, e se elas tomarem sol em seguida, podem ter queimadura na pele ou surgirem manchas. O ideal é conversar com um profissional para entender qual máscara facial é melhor para cada pele e, mais ainda, para não correr riscos.

Depende. De novo, tudo vai depender dos princípios ativos que estão nele. A manipulação exige muito conhecimento por parte do médico que for prescrever. Ele precisa saber os princípios ativos mais adequados, quais combinam em uma mesma fórmula, quais têm um pH adequado, então, tudo tem de ser feito de forma correta para garantir a eficácia daquele creme. Os itens prontos já têm a eficácia estabelecida e fórmulas estudadas, então, se o profissional souber manipular, ele pode indicar bons cremes manipulados, mas não necessariamente melhores que os industrializados

Depende. Essa é uma questão polêmica. Pois, nós, dermatologistas, orientamos que não se precisa tomar sol sem proteção solar para se produzir vitamina D. Se necessário, ela pode ser consumida de forma oral, como reposição. De uma forma geral, a radiação ultravioleta é prejudicial à pele, principalmente quando tomamos aquele sol entre 10 e 14 horas, que tem mais índices de ultravioleta B. A orientação da SBD é que não se faça exposições crônicas e repetidas ao sol, porque, em longo prazo, isso pode realmente aumentar o índice de câncer de pele. Podemos ter atividades ao ar livre, nos expor ao sol, algo que ajuda o organismo e melhora o bem-estar, mas com proteção solar adequada. E, no caso dos pacientes que tenham deficiência de vitamina D, sabemos que a reposição oral é muito simples e pode ajudar as pessoas a manterem os índices ideais da substância.

Mito. Há pouca evidência de que beber água em excesso possa aumentar a hidratação da pele. O que sabemos é que quantidades adequadas de água são interessantes para manter o bom funcionamento do organismo e, junto com isso, ter uma pele saudável. Muitas vezes, para hidratar a pele, além da ingestão de água, temos de usar hidratantes locais, em forma de creme, loções, bálsamos e hidratantes.